A cirurgia bariátrica melhora diversas condições e ações biológicas (mudanças hormonais) para reverter a progressão da obesidade. Estudos apontam que mais de 90% dos pacientes bariátricos são capazes de manter a perda de peso em longo prazo, com eliminação de 50% ou mais do excesso de peso corporal.
Independentemente de qual tipo de cirurgia bariátrica for escolhida é importante lembrar que o tratamento cirúrgico da obesidade é uma ferramenta. A perda de peso também depende de outros fatores importantes como a nutrição, o exercício físico e a mudança de comportamento. Ao mudar a anatomia gastrointestinal, os procedimentos afetam a produção de hormônios intestinais de forma a reduzir a fome e o apetite, além de aumentar a sensação de saciedade.
O resultado final é a redução do desejo de comer e a frequência da alimentação.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução nº 2.131/15, que especifica as comorbidades que podem ter indicação para a realização da cirurgia bariátrica a pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 35 kg/m².
Diabetes tipo 2, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronária, osteo-artrites, doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio, angina, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral, hipertensão e fibrilação atrial, cardiomiopatia dilatada, cor pulmonale e síndrome de hipoventilação), asma grave não controlada, osteoartroses, hérnias discais, refluxo gastroesofageano com indicação cirúrgica, colecistopatia calculosa, pancreatites agudas de repetição, esteatose hepática, incontinência urinária de esforço na mulher, infertilidade masculina e feminina, disfunção erétil, síndrome dos ovários policísticos, veias varicosas e doença hemorroidária, hipertensão intracraniana idiopática, estigmatização social e depressão.
Vídeo esclarece algumas dúvidas e cuidados.
O bypass gástrico é a técnica bariátrica mais praticada no Brasil,Estudado desde a década de 60, correspondendo a 55% das cirurgias realizadas, devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. O paciente submetido à cirurgia perde de 70% a 80% do excesso de peso inicial.
O bypass é considerado um procedimento misto, é feito o grampeamento de parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento, e um desvio do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos, associado a uma desabsorção, é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial.
Vídeo apresentando como funciona o Bypass Gástrico
Cirurgia de Sleeve, Gastrectomia vertical ou gastrectomia em manga. Esse procedimento é considerado restritivo e metabólico e nele o estômago é transformado em um tubo, com capacidade de 150 à 200 mililitros (ml).
Essa intervenção também provoca uma boa perda de peso, comparável à do by-pass gástrico e maior que a proporcionada pela banda gástrica ajustável.
É um procedimento que já e feito há mais de 20 anos, tem boa eficácia sobre o controle da hipertensão e de doenças dos lipídeos (colesterol e triglicérides).
Atualmente vem crescendo muito o número de cirurgiões que acreditam nos resultados desta técnica, inclusive para controle do diabetes. Estima-se que em pouco tempo será a cirurgia mais feita no Brasil e no mundo.
Vídeo apresentando como funciona o Sleev
Quem pode fazer a cirurgia metabólica?
A cirurgia bariátrica tem sido uma arma poderosa dentro do vasto arsenal terapêutico para tratamento do diabetes tipo II. Foi regulamentada em nosso país pela portaria do CFM 2172/2017 e alguns critérios devem ser respeitados como:
Para realizar a cirurgia metabólica, o paciente deve possuir Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30kg/m2. Além disso, deve:
- Idade mínima de 30 anos e máxima de 70 anos;
A técnica a ser proposta deve ser escolhida pelo seu cirurgião ,onde se avalia cada caso, levando em consideração idade, comorbidades e outros fatores.
A Cirurgia Robótica é um procedimento minimamente invasivo, que é feito por pequenos portais, ao invés de grandes incisões. Através desses pequenos orifícios são inseridos instrumentos e uma câmera dentro do corpo do paciente que, acoplados aos braços robóticos, são controlados pelo cirurgião de uma mesa de comandos chamada Console do cirurgião.